quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 5



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Zanny Adairalba

segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 4



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Edgar Borges

sábado, fevereiro 02, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 3



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Edgar Borges

quinta-feira, janeiro 31, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 2




Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Edgar Borges

terça-feira, janeiro 29, 2013

segunda-feira, janeiro 21, 2013

Sobre dias não tão bons


Foto: Edgar Borges
Sabe? Há dias em que o tempo custa a ficar bom. 

E não estou falando da noite cair e levar para outra lugar esse sol que insiste em queimar até a minha alma. Falo assim condensando todas as metáforas da vida para as horas em que tudo parece correr mal, em que tudo é mau...


Me vejo no espelho, lembrança de ontem. Mesmo com tudo querendo, não caio. O chão é duro e as pedras machucam, prefiro sofrer em pé, buscando na relatividade o consolo: sempre haverá alguém em situação pior. Ou então: poderia ser pior, então para que reclamar tanto, para que sentir-se tão mal, para que desistir, mesmo que o futuro seja a morte?


É um pessimismo com uma boa dose de esperança, acho. Mas posso me enganar e tentar te enganar, pois acho mais que a desesperança é a última que morre, logo depois de pegar a esperança pelos cabelos e, rindo, afogá-la numa poça de lama na rua mais distante da cidade.


Sim, isso pode ser meio tenebroso, meio “ui, o que aconteceu de ruim?”, mas é necessário mesmo algo acontecer para acreditar na falta de algo bom vindo pelo caminho? Ou a lógica do “seremos felizes pois somos bons e trabalhamos” é o que conta, mesmo quando não se conta nos dedos algo de bom?


Não, não estou bêbado nem penso em atirar em minha cabeça. Depressão é para os ricos, eles podem pagar os médicos, os remédios, o tratamento completo e fazer sua rehab em paz. Eu escrevo e sai bem mais barato. Não resolve nada, é vero, mas se é para contar a alguém o que sinto, que seja ao silencioso papel, esse que aceita tudo o que lhe dão...
 

Sabe? Há dias de tanto calor e tanta poeira nas ruas que o futuro parece ser uma redação borrada pela chuva que ainda não caída.

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Malalma: Un Corazón

Serei breve, pois fujo agora mentalmente de meu trabalho para compartilhar aqui o som dos colombianos do Malalma, descobertos na trilha sonora do filme El
Arriero, visto por acaso numa dessas zapeadas sem esperanças na tv paga. 

Un Corazón não faz parte da trilha, mas ela e outras coisas boas podem ser ouvidas também no perfil do Malalma no Soundcloud.

Para fechar: é das músicas que gostaria de ter feito, se acaso fosse músico:





quinta-feira, janeiro 10, 2013

Cinco anos de história com Edgarzin

Quantos anos você tem? 


 O moleque apareceu há cinco anos, às 13h55. Lembro bem da hora pois era exatamente o momento em que deixava o meu apartamento para ir ao segundo trabalho da época. Cinco minutos para as 14h e ainda chegava cedo.

O guri chegou depois do almoço, mas a bolsa estourou pelo menos umas doze horas antes. A mãe dele acordou, fez um vídeo com a máquina fotográfica contando que a bolsa havia estourado, bebeu água, foi me acordar e quando estava levantando, fazendo uma flexão de braço, me avisou:

- Pode ficar dormindo mais um pouco. Acho que ainda vai demorar.


Voltei do meio da flexão. O vídeo mostra isso. A preguiça e a calma tomando conta dos pais. Lá pelas 3 da madrugada ligamos para o médico, explicamos como estava a situação e nos mandou ir para o hospital às seis. Chegamos às sete, depois de passar no mercado São Francisco para comer alguma coisa.

- Vou comer, sim. Depois que entrar lá vão deixar sem alimento e ninguém sabe que horas o bebê vai nascer, previu a mamãe.

Lembro que meus pais já estavam no hospital quando chegamos, naquela aflição do primeiro neto, resultado do único filho. O velho Juca ficou o tempo todo do lado de fora e só entrou depois que confirmaram que o menino estava vivo, bem e no berço. Um avô covarde a gente descobre assim...

Resumidamente, foi assim que rolou, exatamente numa quinta como hoje, a quinta dos cinco anos.

Muita água já passou por debaixo da ponte dos Macuxis, muita chuva já molhou o quintal. O menino é bom, bate palma pra ele, como se canta na roda de capoeira.


Primeiros dias

Tem um humor próprio: há dias em que já abre os olhos sorrindo-me, noutros não me quer, só à mãe, noutros já acorda perguntando onde estou. Sorri por nada como se o mundo dependesse disso e fica de cara feia na mesma rapidez. É capaz de largar a comida que passou horas pedindo para ficar desenhando no computador de onde vai, literalmente, expulsar a mãe pois o seu desenho é muito importante, é seu trabalho e não é legal que o atrapalhemos.

Fiz-lhe um blog no wordpress que alimentei durante a gravidez e nos primeiros meses de nascido. Depois o transformei em dois marcadores das Crônicas da Fronteira (Edgar Bisneto e Paternidade). Mais homenagem que isso só se dedicar-lhe o próximo livro de contos que teimo em tentar escrever.

 Gasto com ele mais do que gastei comigo a vida toda e alimento a piada:

- Se um dia ele me dizer 'tu nunca fez nada por mim ou tudo o que tenho foi fruto de meu trabalho', jogo-lhe na cara as faturas da escola, plano de saúde e afins.

Nossa relação é bipolar: tem dias em que ele só quer estar perto de mim e eu quero paz, noutros sou eu que busco sua atenção e ele só me responde com 'uhus' e 'espera, pai, espera'.

Adoro quando começamos a discutir conceitos sobre animais, dinossauros, universo e outras coisas que ele vê na TV ou estudou na escola. Adoro mais quando lhe pergunto “tem certeza” e ele me olha, vira para a esquerda e diz “tenho”. O meu pequeno homem, cheio de energia para fazer o seu mundo.

Adoro ser pai desse moleque. É meu grande amor e não tenho nenhuma vontade de dividir este sentimento com outros filhos. Um é bom e suficiente, ainda mais em um mundo no qual faltará água em breve.

Meu lado racional nessa relação é dominante: não fantasio um mundo perfeito com ele. Seu nascimento me trouxe perrengues a gerenciar todos os dias e a sensação de que sempre será uma corrente de responsabilidade a não me deixar voar arbitrariamente por aí. Dito de outra forma: ser pai me traz tanta alegria quanto limitações. E eu odeio tudo o que me limita (menos ele, fique claro).

Para fechar, que hoje tem bolo e adoro bolo, repito: adoro ser pai desse indiozinho e descobrir o mundo com ele.

terça-feira, janeiro 08, 2013

Pensando alto sobre as redes que embaralham 2013

8.036 tweets...

É esse o número que acumulo neste começo de ano no meu perfil no Twitter. Se tudo é meu, se tudo é autoral? Não. Não tenho tanto a escrever. Tem muito replique, muito comentário sobre as bobagens ou coisas legais que os outros escrevem, muita citação de música.

São 17h35 no relógio do computador e 17h29 no celular. De toda forma é quase hora de ir embora. 

E o Facebook, o que tenho lá? Complicado dizer, mal consigo achar (aliás, não consigo achar) os links que curti ontem para visitar hoje...

Essas redes sociais são complicadas. Me tiram a atenção. Contribuíram para que deixasse largado o meu querido blog...pensando bem, sou do tempo em que rede social era a que se deixava na varanda para servir às visitas...

2013 já vai para o nono dia, no décimo Edgarzin completa cinco anos e eu ainda não fiz um inventário sobre o bom e o ruim de 2012. Talvez não faça, talvez tudo se resuma em dizer "sobrevivi". 

Não há planos consolidados, não há fantasias, não há nada. O que será, será ao acaso? 

(Se multiplicar 8.036 tweet por 140 caracteres cada, resulta em 1.125.040 caractares. Mais de um milhão mesmo que nem todos estivessem no máximo. Daria um livro)

Não há poesia em ficar preso ao vício cibernético. Há submissão mental. Esse é a base das redes sociais...mas quem disse que a submissão não é gostosa?

2013 já embalou. Farei um livro? Um livro de que? Poesia? Prosa? Até quando? Preciso dos prazos, preciso ser poupado de prazos, preciso, preciso, preciso. 

Viver não é preciso, sentenciou Pessoa há décadas. Ainda há quem confunda com 'viver não é necessário'. 

No webplayer rola Bob Marley dizendo "my feet is my only carriage". 

A hora da fisioterapia se aproxima e devo entrar em minha carriage e ir até o consultório esticar para a esquerda, esticar para a direita.

Mais uma consulta ao twitter, uma checada no Facebook (acho estranho as pessoas falarem apenas "Face", estranha mania de cortar o nome de tudo pelo meio) e o tempo voou. 

Não há 2013 que sobreviva a tanto desfocamento. É hora de fazer algo radical, do tipo passar um dia sem checar as redes sociais...mas e o perfil do trabalho, como ficará? Malditas redes e sua atração fatal...

quarta-feira, dezembro 19, 2012

O resultado dos fóruns nacionais setoriais

Gente do todo o Brasil esteve em Brasília de 13 a 15 deste mês participando dos Fóruns Nacionais Setoriais, organizados pelo Ministério da Cultura para que representantes da sociedade civil elegessem os novos integrantes dos colegiados setoriais de diversas áreas.

Os colegiados integram a estrutura do CNPC (Conselho Nacional de Política Cultural). Este blogueiro participou entre 2010 e 2012 do Colegiado Setorial do Livro, Leitura e Literatura como representante da região Norte. Neste novo processo eleitoral fui reencaminhado ao colegiado como conselheiro representante do segmento criativo até 2014. 


Para entender o que é o colegiado, clique aqui e depois, se for de seu interesse, me mande sugestões de temas que queira ver apresentados nas reuniões que acontecem duas vezes por ano em BSB.

Confira a lista dos representantes do Colegiado do Livro, Leitura e Literatura/Conselho Nacional de Política Cultural:

Conselheiros pelo segmento Criativo:


N  Edgar Borges  - Titular
NE Eduardo Vasconcellos - Titular
NE Kelsen Bravos  - Titular
CO Lurdiana Costa Araújo - Titular
CO Shirlene Álvares Da Silva - 1o Suplente
NE Paula Izabela De Alcantara Alves - 2o Suplente

Conselheiros pelo segmento Mediação:
NE Antonio Michel Felix Silva  - Titular
S  Taiza Mara Rauen Moraes   - Titular
SE Isis Valéria Gomes   - Titular 
NE Maria Roseneide Santana Dos Santos - 1o suplente
CO Fernando Ouriques De Vasconcelos Junior- 2o Suplente
SE Daniela Piergili Weiers De Oliveira - 3o Suplente
  
Conselheiros pelo segmento Produtivo:
S João Manoel Maldaner Carneiro - Titular
SE Sônia Da Cruz Machado De Moraes Jardim - Titular
NE Jose Alventino Lima Filho - Titular
SE Francisco Ednilson Xavier Gomes-  1o Suplente
SE João Tavares De Lira  2o suplente

Conselheiros Regionais
CO Aníbal Araújo Perea - Regional
CO Izaura Maria Ribeiro Franco - Suplente
 

N  Carlos Henrique Silva Gonçalves Figueiredo - Regional
N  Cláudio Cardoso De Andrade Costa  - Suplente
 

NE Maria do Socorro Sampaio Flores (Mileide) - Regional
NE Pedro Pereira Dos Santos  - Suplente
 

S Márcia Helena Koboldt Cavalcante - Regional
S Pedro Paulo Graczcki  - Suplente
 

SE Bernardo Jorge Israel Gurbanov - Regional
SE Jose De Alencar Mayrink  - Suplente

Representante do Colegiado do Livro, Leitura e Literatura para o Conselho Nacional de Cultura: Mileide Flores (Maria do Socorro Sampaio Flores)

Representante do Colegiado do Livro, Leitura e Literatura junto ao PNLL:
Márcia Helena Koboldt Cavalcante

Aqui você pode ver como foi a participação da ministra Marta Suplicy na abertura dos fóruns.

.........................

 
Como nem tudo é trabalho, foi possível ainda participar de um sarau organizado na fonte da Torre de TV por Jonas Banhos, meu parceiro de ações literárias. 



Além de mim, estiveram presentes outros voluntários da Biblioteca Itinerante Barca das Letras que foram incentivar a leitura em comunidades ribeirinhas, quilombolas, agroextrativistas, pescadores artesanais, agricultores familiares e indígenas do Amapá, Pará, Roraima, Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Piauí, Ceará e Bahia nos últimos quatro anos e meio.


Turma bonita de voluntários 


O sarau na fonte da torre de TV


Fotos de alguns dos participantes dos fóruns nacionais setoriais
Rogério Barata, educador pernambucano que representou a cadeia da mediação na última composição do colegiado. Gente boa demais
Delegados do segmento criativo que participaram dos fóruns




Feliz natal!

As músicas do fim do mundo.

Teoricamente o mundo acaba na sexta e parece que um dia antes deve cair a grana do décimo.

Um dia depois do décimo cair vence a conta que chegou hoje do cartão de crédito.

A hora do mundo talvez acabar não ficou definida, mas se for 11 e meia da noite pelo horário do México, onde os maias viviam, será bem mais cedo aqui.

Ou seja, talvez não consiga chegar no rock da praça a tempo de cantar, se acaso a banda tocasse, a letra "Um minuto para o fim do mundo / Toda sua vida em 60 segundos" e outras do playlist que achei de clipes e músicas sobre o fim do mundo...

Nota sobre o I Sarau DoQuintal

Depois dessa viagem a Bonfim, citada no post logo abaixo deste, entramos na organização do I Sarau DoQuintal, uma parceria do Coletivo Arteliteratura Caimbé e estúdio Parixara/Espaço Cultural DoQuintal que abriu as festas da sexta-feira, 7 de dezembro.

Esperávamos apenas umas 20 pessoas mas o negócio foi maior e bacana, com gente legal e linda escrevendo lendo, declamando, cantando e ouvindo música e poesia.

Na arrumação do varal poético

Edgarzin, fazendo elefantes abstratos com os pregadores

Esses rostos borrados são o meu e o do Edgarzin

Caso queiras, confere mais fotos no blog do Coletivo Caimbé.










terça-feira, dezembro 18, 2012

À fronteira com a Guiana falar de literatura

Já disse várias vezes que o blog é meu depósito de memórias. É por ele que sei mais ou menos o que fiz durante o mês, durante o ano. Por isso acaba parecendo uma vitrine virtual das coisas que faço (muito mais de que as coisas que deixo de fazer).
Seguindo nessa linha, registro aqui para meus arquivos a viagem feita dia 5 de dezembro à cidade de Bonfim, distante mais de 100 km de Boa Vista e coladinha na República Cooperativista da Guiana.

Estive lá para participar do VII Festival do Livro, organizado pela escola estadual Argentina Castello Branco. Acompanhado do livreiro Antonio Bentes e seus amigos Romildo e Kildo ainda passeamos um pouco em Lethem, primeira cidade do lado guianense.

A escola Argentina Castelo Branco foi fundada em 1962, quando Roraima ainda era território federal e Bonfim, no meu imaginário relacionado à velocidade  e mobilidade, ficava pelo menos uns 300 km mais distante. Seu nome é uma homenagem à mulher do ex-presidente Castelo Branco.

Foto da escola naquele tempo de território

A unidade tem incrivelmente guardadas algumas preciosidades: um bilhete do antigo presidente, um sino (“para anunciar o recreio e chamar para as tarefas”, conforme escreveu) e um jarro que o mesmo enviou à escola há algumas décadas.


O sino – eram três originalmente – e o jarro que pertenceu a dona Argentina e o presidente mandou para a escola

A escola também tem dois livro de visitas com registros iniciais da década de 1960. Uma das primeiras assinatura é do padre Bindo, liderança católica de grande importância para a luta indígena (se a memória não me enganar e o estiver confundindo com outro). Fiquei impressionado com o cuidado  da direção. Em Boa Vista mesmo é muito difícil encontrar em tão bom estado registros históricos. Dei muitos parabéns e incentivei a diretora a digitalizar os livros e colocar o material na web. 




Foto do coreto de Boa Vista em 1968 faz parte do acervo histórico da escola

Bem, voltando a falar da viagem: falei no começo do evento sobre mim, minha vida de leitor, minha  infância numa cidade quase tão pequena como Bonfim e a descoberta da literatura na biblioteca local, os caminhos que me levaram a gostar de escrever, as oportunidades que a literatura me deu e outras coisas do tipo.


Com parte da turma


Falando,falando, falando...

Não sei se os meninos, principal alvo da ação, me entenderam ou escutaram (já sabem como é adolescente, né? Ligam para poucas coisas e havia muitos adultos no pátio da escola), mas a experiência de visitar Bonfim foi legal. Espero voltar outras vezes para uma conversa mais
próxima.

Ah, também fiz a doação de três exemplares de meu livro Sem Grandes Delongas para o acervo da escola. Tomara que a turma leia.

E antes que me esqueça: muito legal mesmo ter uma escola no Interior preocupada com incentivar a molecada a ler e escrever. É por aí o caminho para ajudar essas regiões a se desenvolver (Como havia muitas autoridades presentes, fiz questão de falar isso. Vai que a nova gestão municipal dá um upgrade nas políticas culturais da literatura, livro e leitura?)

Expedicionários: Kildo, eu, Bentes e Romildo no retorno a Boa Vista

quinta-feira, dezembro 06, 2012

Tem sarau nesta sexta

Tirado lá do blog do Coletivo Caimbé:

O Espaço Cultural DoQuintal realiza na sexta-feira, 7 de dezembro, o seu primeiro Sarau DoQuintal, resultado de uma parceria entre o Estúdio Parixara e o Coletivo Arteliteratura Caimbé. A intenção é reunir, a partir das 20h e com entrada franca, pessoas que gostam de poesia para uma noite literária que terá como convidado especial o  poeta Rodrigo Mebs, autor do livro Por Amor ou Por Vício.

Depois de Rodrigo declamar seus poemas, o microfone ficará aberto para todos os interessados em ler e interpretar textos poéticos ou assumir o violão que ficará a disposição dos participantes. Também haverá montagem de um varal poético colaborativo e banca para venda de livros. O Espaço Cultural DoQuintal fica na Av. Presidente Castelo Branco, 2.266, São Vicente.

Na X Semana de Letras da UFRR

A Universidade Federal de Roraima realizou semana passada a sua X Semana de Letras. Participei das atividades no dia 28.11 como integrante da mesa redonda Produção poética e literária em contexto digital.

 


Também estiveram na mesa a poeta Eli Macuxi e os professores Tânia Regina Ramos, da UFSC, e Maurício Zouein, da UFRR, mas que teve sair logo após a sua fala. Por trás do notebook, é (im)possível ver a blogueira e acadêmica de Letras Agda Santos

Falei algumas bobagens legais, acho, traçando um histórico de minha própria caminhada de produtor de textos na web.  Como não tinha um roteiro, em alguns momentos fiquei perdido na fala e tentei brincar com o povo presente, acadêmicos e professores de Letras em sua maioria.

 

Batendo um papo com a professora Carla Monteiro e o poeta Francisco Alves

Como só houve tempo para responder a uma única questão antes que encerrassem a mesa para dar início a outra, não tive como obter feedback de minha fala. Só tenho certeza de que hoje abordaria a questão de um ângulo menos pessoal e mais teórico, falando mais de questões como o risco de sermos copiados e perdermos todo crédito pelo que fazemos na web.

Esse, aliás, foi o questionamento que uma estudante me fez na pós-mesa, já na saída da UFRR: como fazer para que não roubem o que escrevemos?

Respondi que não tem jeito. Ou se publica ou não se publica. Afinal, se o pessoal copia da internet artigos científicos para apresentar trabalho, o que os impedirá de copiar um texto de prosa ou poesia?

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Outro prêmio de webjornalismo

Recebi no dia 27 de novembro a segunda premiação jornalística deste ano. Fiquei em primeiro lugar no IV Prêmio de Jornalismo Câmara Municipal de Boa Vista Jornalista Laucides de Oliveira. A categoria, de novo, foi webjornalismo.

Este foi o meu sétimo prêmio jornalístico (nem todos em primeiro lugar, fique claro) e o sexto em webjornalismo desde 2007, quando Edgarzin estava para nascer e decidi que esse negócio de concursos e prêmios poderia ser uma boa para faturar um extra e comprar as coisas de casa.

Naquele ano ganhei um prêmio que também homenageava o jornalista Laucides de Oliveira. Outra coincidência é que duas colegas vencedoras este ano, Janaína Souza e Eliane Rocha, também foram premiadas naquela ocasião.



Fotomontagem feita pela Assessoria da Câmara dos Vereadores
 
Desta vez a matéria foi publicada na edição online do jornal Folha de Boa Vista, a FolhaWeb. Contei com a ajuda da amiga e editora Loide Gomes, que deu uma guaribada final no texto e, de meu ex-aluno Natanael Vieira, que me ajudou a montar o que se tornou a minha primeira matéria de rádio desde 1996, ano em que entrei no curso de jornalismo e fiz as disciplinas de rádio jornalismo.

Confere aí nesse link o texto e deixa, se quiser, a tua opinião:

Ensino de Libras ajuda a superar barreiras da surdez




terça-feira, dezembro 04, 2012

Bookcrossing nas ruas arborizadas de Boa Vista

Eu já disse que sou muito enrolado e que isso piorou depois da doença da coluna. Foi só por isso que demorei para falar de minha participação no V Bookcrossing Blogueiro, mobilizado pela minha colega internauta Luz de Luma.

Bem, na verdade não foi só isso. Teve bem mais. Quando fiz a postagem,em outubro, achei que era naquele mesmo mês que ia rolar a história.
Perdi o prazo pois não consegui articular estar em um lugar movimentado e ter o livro à mão. Ah, teve também uma necessidade minha de colocar no livro escolhido para ser solto um texto que explicasse ao “achante” do mesmo a história de sua soltura.






Depois de algumas semanas percebi que a data certa não era no mês de outubro, mas novembro. Mesmo assim perdi o prazo de novo...

Bem, resumo da história: soltei um exemplar do livro de microcontos Sem Grandes Delongas, de minha autoria, na rua Floriano Peixoto, bem no Centro de Boa Vista, perto de duas escolas estaduais: a São José e a Ayrton Senna. Foi de manhã bem cedinho, ali pelas oito horas,enquanto deixava a patroa no trabalho.


 

É uma das partes mais arborizadas da cidade, um bom lugar para ler um livro, mesmo que seja ao meio-dia. Como são muitas árvores, há um microclima muito agradável na área.

Dei sorte e consegui fazer uma foto da primeira pessoa a achá-lo, justamente um colega, o Mendes, que estava esperando a esposa chegar de algum lugar.

Como fui embora assim que fiz a foto, não sei qual foi a opinião do Mendes sobre o livro. Espero que tenha gostado e tenha colocado em circulação de novo. Se colocou, ainda não recebi nenhum comentário dos demais encontrantes do livro.



 

P.S.: esta foi a segunda vez que liberei exemplares do Sem Grandes Delongas numa ação de bookcrossing.  A primeira foi em agosto, quando
estive em São Paulo. Checa aqui a história.

terça-feira, novembro 27, 2012

A grande garfada



A prefeitura de Boa Vista anunciou ontem (26/11) que vai mudar o cronograma de coleta de lixo doméstico. Basicamente alterou os dias da semana e cortou um dia de coleta em cada bairro. 


Não houve justificativa para isso no material informativo distribuído à imprensa.
A questão é que na mudança foi dada uma grande garfada nos contribuintes.
Explica-se: a taxa de coleta de lixo instituída na gestão Iradilson Sampaio faz uma divisão do valor pago anualmente por uma coleta de 3 vezes semanais. 


Com a mudança, só no Paraviana, área que paga mais caro que o Centenário, por exemplo, os caminhões vão deixar de passar cinco vezes até o final do ano.
 

Multiplicando 5 pelo número de contribuintes que pagaram isso no referido bairro, tem-se um número bem alto. Multiplicando 5 pelo número de contribuintes da cidade, tem-se um número bem maior. É um dinheirão e tanto que foi pago por um serviço que agora não será mais feito.
 

Como essa taxa foi criada só para bancar a empresa terceirizada que faz a coleta, não é possível à prefeitura alegar, como sempre o faz, queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios. É uma grana que já está no caixa do município e que agora será usada para outro fim. É como se fazia no tempo da CPMF: a grana da saúde ia para todos os lados, menos para saúde.
 

Eu espero sinceramente que a gestão da prefeita Teresa Surita ao menos reduza o valor dessa taxa. E que demita esses incompetentes que contribuíram para deixar Boa Vista no buraco, literal e metaforicamente.

segunda-feira, novembro 19, 2012

Segunda bipolar

A segunda amanheceu bipolar...

Primeiro, bem cedo, rolou um estresse com a funcionária de uma loja onde compramos tinta fosco quando na verdade queríamos tinta brilho (Na verdade, o plural é mentiroso. Para mim, tanto faz, mas a patroa insistiu nesse tipo de tinta e eu paguei, então ficou plural).

A funcionária não queria ir avisar o dono do loja, o seu Ciariba. Fez cara feia, insistiu que devíamos ir direto, disse que aquele ali não era o seu setor nem sua função (mas foi com ela que mandaram falar), ficou com mais cara feia quando lhe disse que aquilo não se tratava de uma disputa de poder...enfim, ficou ali e nada fez.

Não conseguimos trocar nenhuma das duas latas de tinta. A patroa tinha aberto as duas antes de conferir na etiqueta se eram fosco ou brilho.

Meio-dia rodamos em várias outras lojas atrás de tinta. Meio-dia, o sol ardente e a fome pegando os três (eu, a patroa e o Edzin, motivo de estarmos querendo maquiar a casa).

- Mamãe, temos que pintar a casa para colocar uma árvore de natal, disse dias antes.

Se o que nos faltava era uma desculpa para começar a dar trato na casa, já a temos.

Nessa rodada de hoje o meu celular ficou em algum lugar. A patroa acha que foi na última loja, a Vimezer da Ville Roy. Voltamos lá depois do almoço. Ninguém viu nada e ela não consegue disfarçar a chateação.

Até sair da loja eu estava tranquilo. Quando cheguei no trabalho é que percebo o quanto perder o celular é problemático. Vai-se o aparelho, vão-se as fotos, os vídeos, o chip, os contatos, a facilidade de entrar em contato com a casa...além disso, é um novo gasto a ser contabilizado.

No meio da tarde me avisam que ganhei um prêmio jornalístico, ficando em primeiro lugar. Como ainda não foi divulgado para a imprensa (não sei se neste momento já foi), ainda não posso falar qual é. A entrega da premiação será semana que vem.

Escrevo agora direto no editor do Blogger...

Há muito tempo que não fazia texto direto na plataforma...

Agora vou na loja da operadora, ver como resolvo isto. Já me conformei e sei que não terei o celular de volta.

Engraçado é que semana passada achei um blackberry novinho no parque Anauá, liguei para a mãe da dona, a dona falou comigo, combinei a devolução no mesmo dia e quando a moça disse que queria me dar uma recompensa, disse-lhe:

- Não precisa. Basta que a senhora, ao encontrar um celular por aí, ache o dono e devolva. Gentileza gera gentileza.

Não deu certo comigo esse mantra.

Bem, vamos ver se a segunda termina bem. 

UP DATE: 

Resumidamente: fui na loja da Vivo, que estava com o sistema operacional fora do ar. O atendente pediu que fosse numa loja no centro da cidade. Estava tarde, não fui, olhei celulares mais modernos lá e numa loja ao lado, percebi como entendo pouco de bons aparelhoes, fui caminhar sem comprar nada, cheguei em casa e a patroa disse que, depois de algumas ligações, o pessoal da Vimezer tinha encontrado o celular. 
Basicamente foi o atendente novato que tentou dar uma de esperto, embolsando a máquina.
Tranquilo por ter o meu aparelho de volta, me pergunto: vale a pena tentar ficar com a coisa velha dos outros?

quarta-feira, novembro 14, 2012

Meu primeiro prêmio de artes visuais

Ganhei meu primeiro prêmio de artes visuais. Obviamente não foi uma seleção para  a Bienal de São Paulo. Isso seria demais para um marinheiro de primeira viagem, mas foi muitooooo legal mesmo assim.

Participei de um concurso de artes visuais promovido pela Universidade Federal de Roraima. A ideia era selecionar obras no formato horizontal, baseadas no tema “Do olhar ao tocar: Intervenções na paisagem”, para   compor o calendário 2013 da instituição. 




 

Já disse em outras postagens que sempre tive vontade de ser um bom desenhista, mas nessa já fiquei para trás se comparado com as artes que o Edgarzin, meu filhote, desenvolve. Para compensar, leio todo livro ou catálogo sobre arte visual que me cai nas mãos. Acho fantástica a imaginação e capacidade de realização dos criadores visuais. Acho ainda mais fantásticas as explicações conceituais que dão aos seus trabalhos, dando justificativas profundas a produções aparentemente sem nenhum sentido.

Bem, depois de decidir arriscar a participação no concurso – afinal, o “não” já está garantido e todo “sim”é lucro – fui pesquisar o que significava o tema do concurso. Google prá lá, Google pra cá, formei um conceito e comecei a matutar o que poderia apresentar. Tudo isso em pouco tempo, pois o prazo final já estava chegando.

Bati o martelo em fazer uma intervenção. O desafio agora era definir como seria feita a dita cuja. Pensa, pensa, pensa, descarta ideias, corta ideias, cheguei no material barato e mais facilmente encontrado todo final de tarde: papelão.  Pintar ou não pintar seria a próxima questão. Como não havia plata para investir, fiquei com o marrom-papelão como cor base.

Ok. E agora, o que fazer? Hum...já sei. Vamos fazer algo que denuncie e desperte algum tipo de reação negativa contra a poluição dos igarapés, a falta de boas ações na área ambiental e ao mesmo tempo aponte para o descaso com os espaços públicos de lazer. Fácil que só. 


Era só ir na beira do igarapé Mirandinha, canalizado e poluído (veja imagens aqui) e fazer lá a parada. Mas antes que tal ir no parque Anauá? Aliás, meu rei, que tal, antes de tudo, fazer os objetos da instalação?

Convidei dona Zanny Adairalba, patroa e companheira de Coletivo Caimbé, para dar uma força. Edgarzinho Bisneto veio junto. Aliás, se vacilar, o moleque já produz arte melhor que a nossa...


Bem, tirando os excessos de pai, a verdade é que o guri deu sua contribuição e ainda aprendeu que o papai, além de fazer trabalho literário, também faz “arte moderna” (depois tentei ensiná-lo a falar “arte contemporânea” , mas é mais difícil. Hoje, após muitas leituras, falaria apenas artes visuais).

O processo de criação e produção demorou uma noite e uma manhã, envolvendo a criação de dois conjuntos de bonecos de papelão. 


Para resumir a história, vou falar apenas sobre o que foi selecionado. Se cinco pessoas aí tiverem interesse em saber dos outros, é só falar isso nos comentários e faço um up date (sim, é quase uma campanha por comentários).


Dos recortes de material, Edzin faz a sua arte moderna

No final da noite, Zanny e Edgarzinho exibem o “Sam”

Hora de recomeçar os trabalhos de arte moderna, baby

Corta, corta, corta...

Homenzinho...

Tirando as medidas

Hã? Quem são esses?

“Papai, todas as pessoas têm olhos. Eles precisam de olhos...”

Teste

O plano

Tentativa 1: esquecemos os bancos de madeira, muito vento, contraluz e marrom sobre marrom não dá destaque

Tentativa 2: Sente a diferença nas cores

Montagem


A colorida contribuição do Edgarzin ao projeto “vamos ganhar um prêmio de artes visuais”

Um brinde com os ETs no final de tarde. Não se iludam: estávamos sendo devorados pelos lendários mosquitos picadores do parque Anauá.

Logo depois dessa foto uma legião de mosquitos entrou nas minhas narinas. Fora isso, as picadas nas pernas incomodaram por uma semana


A obra

“Domingo no parque” é o título da intervenção. Poderia ter sido melhor? Poderia, mas para uma primeira vez nesta seara, tá de bom tamanho. E além do mais, incorpora um novo item à aba das premiações lá no topo do blog, somando-se às que tenho em literatura, audiovisual e jornalismo.

sexta-feira, novembro 09, 2012

Noutros lugares mas pensando sempre neste aqui

Tenho abandonado este meu querido blog. Tudo por conta do excesso de trabalho nalguns dias, da facilidade de postar coisas no facebook ou retuitar coisas no Twitter ou ainda por andar postando em outros lugares.
Por isso estou colocando links de outros lugares por onde ando. Verão que são poucos, mas limpinhos.

Blog do Coletivo Arteliteratura Caimbé.

Blog do Livro Sem Grandes Delongas (até este anda abandonado).

Para fechar, foto de flores. Toda sexta publico uma no perfil do FB, dando uma de gentil com os colegutchos daquela rede.


quarta-feira, outubro 31, 2012

Sonho erótico

Ontem tive um sonho erótico agitado. Estava em casa quando uma nota de R$ 100 entrou toda oferecida pela porta, caiu aos meus pés e sussurrou: me pega com força, me usa, abusa, me estoura e depois me joga no primeiro balcão que estiver à tua frente. 
Eu, todo submisso, fiz tudo o que essa nota bandida pediu...