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quarta-feira, maio 03, 2017

E teve Greve Geral em Boa Vista

A última sexta-feira de abril foi de greve geral em Roraima. Milhares de manifestantes foram às ruas para protestar contra as alucinadas propostas do governo Temer, que quer reformar a previdência e a legislação trabalhista ao custo do sangue e suor de quem não é empresário ou rentista.

Até os técnicos administrativos da Universidade Federal de Roraima se mobilizaram no dia 28 para integrar o movimento nacional. Digo “até” porque nós não temos sindicato que puxe essas discussões e a turma é dividida entre uma galera um pouco mais consciente e os que classifico como viúvas eternas da última eleição, aquela turma do “eu não tenho culpa. Não votei na chapa da Dilma nem do Temer e tudo é culpa do PT”.

Enfim, considerações pessoais aparte, a galera da UFRR se mobilizou via grupos de WPP, fez uma assembleia e decidiu paralisar, mesmo com a ameaça do corte de ponto que o Governo Federal mandou.

Na manhã da Greve Geral as duas entradas da UFRR foram bloqueadas logo cedo. Entre as 6h e as 9h os manifestantes ficaram entre os pontos de bloqueio e a concentração no cruzamento das avenida Brigadeiro Eduardo Gomes e Venezuela, lugar mais conhecido por “semáforo do Ibama”.









  Dali, a turma foi de carro e a pé para o Centro Cívico, onde outras centenas de pessoas já estavam esperando e chegando. Indígenas, trabalhadores urbanos e rurais, servidores públicos, estudantes, ativistas, sindicalistas e pequenos empresários estiveram na mobilização, que deve ter tido em torno de cinco mil participantes.







Nas falas do povo, a indignação aparecia a cada momento, principalmente contra os senadores Romero Jucá, eleito por Roraima e um dos principais aliados do Temer no desmonte dos direitos que os trabalhadores estão perdendo, e os deputados federais Remídio Monai, Maria Helena Veronese, Abel “Galinha” Mesquita, Hiran Gonçalves, Édio Lopes e Shéridan Oliveira.




O foco nestes deputados federais é porque todos votam a favor de qualquer proposta do Governo Federal ou que venha a atingir o que ainda resta de estado social: terceirização, cobrança de mensalidades, reforma trabalhista... São praticamente os autores da frase “hay gobierno, soy a favor”.



 O ato de protestou foi até meio-dia, quando a galera encerrou dando uma volta ao redor da praça do Centro Cívico e cantou o hino nacional. Foi bonito e recado foi passado.






P.S.: no mesmo dia em que publiquei esta postagem, uma comissão da Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da reforma da Previdência. O El País publicou matéria, disponível AQUI.

O deputado Jean Willis publicou uma imagem com a lista dos deputados que aprovaram o texto-base:




quinta-feira, março 30, 2017

Por enquanto, nada de cobrança na pós-graduação das IFES. Por enquanto...



Na noite desta quarta-feira (29/03), a Câmara dos Deputados votou, em segundo turno, pela aprovação ou não da PEC Nº 395/2014, de autoria do deputado Alex Canziani (PTB/PR). 
 
Na proposta original do parlamentar paranaense, a ideia era alterar o inciso IV do artigo 206 da Constituição Federal, retirando “gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais de educação básica e, na educação superior, para os cursos regulares de graduação, mestrado e doutorado.” 
 
Entre idas e vindas, as relatorias deixaram a PEC somente autorizando a cobrança de mensalidades para os cursos de extensão e de pós-graduação lato sensu ofertados nas instituições federais de ensino público.
 
Por apenas quatro votinhos a ideia não passou e agora será arquivada. 
 
Fui conferir como votou a atuante bancada federal de Roraima. Se dependesse de boa parte deles, logo estaria todo mundo tendo que separar mais uma graninha para bancar as mensalidades de suas pós nas instituições federais de ensino. 
 
Vê como votou teu parlamentar: 
 
Abel Mesquita Jr. (DEM):Não
Carlos Andrade (PHS):Não
Hiran Gonçalves (PP):Sim
Edio Lopes (PR):Sim
Remídio Monai (PR):Sim
Maria Helena (PSB):Sim
Shéridan (PSDB):Sim




Se te interessar a veracidade do processo, checa na página da Câmara dos Deputados:http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao…

sexta-feira, outubro 03, 2014

Da possível gestão cultural no futuro governo de Roraima e meus medos sobre ela



Duas coisas que venho pensando há dias e quero compartilhar antes de domingo:

A campanha está acabando e eu li muita bobagem e muita coisa interessante escrita pelos eleitores dos candidatos aos cargos majoritários.

Percebi um ponto em comum: damos, me incluo, muita importância a quem vai ficar nos postos de governador e presidente e acabamos sem  fazer uma análise mais apurada do tipo de congresso que o Brasil precisa. Os senadores e deputados federais (e os estaduais também) são os nomes que de fato mandam no país. Qualquer reforma, qualquer lei, qualquer iniciativa  dos gestores passa pela câmara e pelas assembleias.

Então, para que votar em pessoas que não estão comprometidas com um Brasil melhor, mais justo, menos opressor? Escolher ruralistas, fundamentalistas religiosos, gente que compra voto descaradamente, gente que é parlamentar há décadas e nunca apresentou projetos ou defendeu ideias relevantes, representantes do grande capital e outras linhas afins não vai ajudar nada na construção de um país diferente. 

Mas isso é óbvio, né? Tão óbvio que estou com medo que as pessoas esqueçam e reelejam os piores e elejam os mais vazios...

Bem, essa era a primeira coisa. A segunda tem a ver com política cultural. Ou melhor, com as propostas (e a falta delas) de gestão cultural dos candidatos ao governo de Roraima. 

Não vou comentar as propostas de Hamilton (PSOL) para o setor por absoluta falta de conhecimento do que propôs para o setor. Dito isto, vamos para a minha opinião sobre:

Chico Rodrigues, candidato à reeleição pelo PSB: o fato da Secretaria Estadual de Cultura ter ficado sem titular durante quase três dos cinco meses de gestão do atual governador já pode dizer muito sobre a relevância do setor para ele. 

Li um folheto com as suas propostas para a próxima gestão e a única referência a cultura era criar um Fundo Estadual de Cultura. O problema é que ele vai ter que fazer isso de todo jeito, pois faz parte do pacote assinado com o Ministério da Cultura há anos. 

Quer dizer, não apresentou nada de novo, nada de proposta. 

Isso ainda não é o que me incomoda mais em seu governo. Pior mesmo é prever que a Secult continuará inoperante, pensando e atuando como se ainda fosse uma divisão da Secretaria de Educação, sem buscar capilarizar suas ações, ensimesmada nas práticas de gestão que remetem ao antigo Território Federal de Roraima, tempo dos projetos aprovados no balcão para os amigos e compadres. Cadê editais, programas, propostas de antenar-se mais com a linha seguida pelo Governo Federal? 

O que me dói é que participei de tantas ações pressionando o governo pela criação da Secult e deu nisso...
Enfim, vamos para Ângela Portela (PT). Deixaram em minha caixa de correios um folheto com suas propostas. Ela, salvo engano, elencou quatro ou cinco ações para o setor de cultura. Me deu um desânimo quando vi que a mais destacada era fortalecer a lei de incentivo, focada na renúncia fiscal. Quer dizer, mais do mesmo tipo de fazer cultura? O produtor/artista vai ter que continuar a bater perna para conseguir no mercado o apoio aos seus projetos? Vai seguir na linha do que já vem sendo feito há anos?

Ah, sim. As demais propostas estão todas previstas no Plano Nacional de Cultura, discutido, aprovado e sendo tocado pelo Governo Federal.

Mas isso não me incomoda tanto quanto a possibilidade de Ângela colocar à frente da Secult algumas figuras locais que se ligaram ao PT para conseguir cargos e vantagens no setor, mas que nunca atuaram para valer se não fosse para garantir um naco a mais no jantar de gala. Fiquei imaginando a turma montando seus feudos nas verbas da Secult e mantendo a gestão empacada como sempre...mas é claro que isso deve ser má vontade minha, encrenqueiro que sou por não acreditar na boa fé destas pessoas.

Fechando, vamos para Suely Campos (PPS). Confesso que não vi suas propostas, mas como tive contato com ela durante o tempo em que foi vice-prefeita de Boa Vista e lembro dela do tempo em que foi primeira-dama, vou deduzir: deve colocar para gerir o setor aquela turma de gente antiga, que nunca ouvir falar de participação democrática, que pensa em seu grupo primeiro e cobra apoio a toda eleição, que nunca pôs os pés numa conferência de cultura, que ignora o processo que está em andamento no Brasil desde a gestão de Gilberto Gil à frente do MinC. 

Ou seja, de todas as possibilidades, a pior é a Suely e sua turma assumirem o governo. Chega dá arrepios pensar nisso, imaginando o tipo de comportamento que, tomara, não tenham os futuros gestores do setor.

No mais, é isso: não espero muito dos ainda candidatos quando assumirem. E espero estar muito, muito, muito errado em minhas leituras de contexto.

Sobre esses esclarecidos de ocasião

Nunca levantou a voz para reivindicar melhorias coletivas, ganhou verba direta no balcão do governo estadual para fazer suas coisinhas e teve cargos em que não precisava bater ponto.

Agora, quando perdeu os benefícios, vem reclamar da péssima gestão estadual em todas as áreas?

Véi, quem se enquadra nesse quadro não merece um like, muito menos o meu respeito.

quinta-feira, outubro 02, 2014

Sobre dois slogans de campanha em Roraima



1.  Deputado candidato à reeleição, desses com posses meio incompatíveis com a renda de um político, desses que, independente de quem estivesse à frente do governo, sempre foi situação e sempre concordou com tudo o que o governante de plantão quisesse, usa como slogan a frase “Roraima não pode parar.”


Toda vez que leio isso, eu, automaticamente e sem fazer esforço, penso: não pode parar de que? De servir como plataforma para enriquecer gente como tu, deputado? De ser um estado com tantas desigualdades e gestores preguiçosos para solucionar os problemas?


2.       Não sei de quem é o slogan e estou com preguiça de pesquisar, mas sempre que vejo a picape adesivada passando na área do campus da UFRR, consigo ler as letras garrafais da frase: não vamos desistir de Roraima.

Aí, imediatamente eu boto um parêntese na frase e fica mais ou menos assim: não vamos desistir (de explorar até a última gota) Roraima.

sexta-feira, junho 13, 2014

Minha preguiça, tua certeza


Preguiça oceânica (na falta de termo melhor) de gente e de grupos que compartilham textos homofóbicos justificados por supostos embasamentos religiosos, de pessoas que acham ‘legal’ e ‘prova de que o Brasil acordou’ ofender políticos (ou qualquer pessoa, especialmente do sexo feminino) com palavras de baixo calão. Preguiça de gente que diz ‘odiar políticos e tudo o que está aí’. Preguiça de mim mesmo, que ainda me dou ao trabalho de tentar entender tantas certezas desprovidas de contextualização social, histórica, econômica e cidadã.

quinta-feira, agosto 01, 2013

Sobre a primeira reunião em 2013 do Colegiado Setorial de Literatura, Livro e Leitura/ CNPC

Car@s, 

Nos dias 15 e 16 de julho aconteceu em Brasília a primeira reunião ordinária do Colegiado Setorial de Literatura, Livro e Leitura/ Conselho Nacional de Política Cultural eleito para a gestão 2012-2013. Participei na qualidade de representante da cadeia criativa, aquela que reúne escritores, declamadores, contadores de histórias, ilustradores e afins.
 
Por conta da preguiça em certas horas e de muita coisa para fazer em outras, acabei atrasando muito um relato sobre o encontro. Para não demorar mais, resolvi aproveitar o texto escrito pelo companheiro Kelsen Bravos, escritor lá do Ceará, também integrante da cadeia criativa.
 
Leiam:
 
“A reunião do Colegiado Setorial da Literatura, Livro e Leitura (CSLLL) foi muito positiva. Marcada por intensa participação da renovada plenária, obtivemos importantes ganhos políticos, tais como o consenso de se retomar com prioridade máxima as pautas que tratam do Fundo Setorial do Livro, do Plano Nacional do Livro e da Leitura, e do Instituto Nacional da Literatura, Livro, Leitura e Bibliotecas. Para tanto foram tirados GT temáticos para consolidar os primeiros e fundamentais encaminhamentos até setembro.




Outros pontos de extrema relevância foram: o fortalecimento da parceria entre MinC e MEC para o PNLL, e o reconhecimento de envolver nessa parceira o Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação no que tange, sobretudo, à formação e à leitura no meio digital; a mobilização dos municípios para a construção e efetivação do respectivo Plano Municipal da Literatura, Livro, Leitura e Bibliotecas; o levantamento de propostas para a III Conferência Nacional de Cultura, a ocorrer em novembro de 2013.









Houve a apresentação da plataforma digital do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC) feita de forma muito competente por Rafael Oliveira e Evaristo Nunes, da Secretaria de Política Cultural. O SNIIC se consolidará como o maior repositório de dados sobre a cultura brasileira. O Sistema deve compartilhar informações culturais estratégicas de forma transparente para instituições, órgãos e sociedade em geral. (Para saber como funciona, acesse aqui o site.)

A plenária do CSLLL manifestou, ainda, moção em apoio à PEC-150 (a PEC da Cultura) que propõe uma porcentagem fixa de investimento em cultura para governos dos estados e do Distrito Federal – 1,5% – e dos municípios – 1%. Que a sua aprovação seja a prioridade do Congresso Nacional.

Ressalte-se a postura democrática de José Castilho Marques Neto (titular da Secretaria Executiva do PNLL), Elisa Machado (da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas), Renato Lessa (da Presidência da Fundação Biblioteca Nacional) e Marcelo Pedroso (da Secretaria de Articulação Institucional e secretário geral do CNPC), convictos e convincentes do compromisso de fazer da política da Literatura, Livro, Leitura e Bibliotecas uma política pública de Estado sólida e exemplar do que há de melhor para a cidadania brasileira.



Essa equipe ganhará muito com a efetivação de Rosália Guedes e com a chegada de Fabiano Dos Santos Piuba (para a titularidade da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas), um nome cujo currículo representa a democratização da Literatura, do Livro e da Leitura.”
Saímos da reunião sem a data de uma reunião extraordinária, que esta semana foi marcada para os dias 17 e 18 de setembro. A pauta é a revisão do PNLL que começou a ser feita numa plataforma on line (se você ainda não sabe o que é o PNLL, clique aqui).

quinta-feira, junho 20, 2013

Saindo a Dilma, quem entra para gerenciar a bodega?


Petições online e cartazes e gritos nas mobilizações pedem o impeachment da presidente Dilma, que é do PT. Parece que esse seria o começo das soluções ou a própria solução para tudo.
 
Aí eu pensei: bem, ela saindo assume Michel Temer, do PMBD.
 
Se o Temer cair, assume o deputado federal Henrique Alves, do PMDB.
 
Caindo também, o presidente será o senador Renan Calheiros, do PMDB.
 
E aí, caso tudo dê errado para o PMDB, que deve estar adorando essa onda do impeachment, Renan é derrubado e, pela linha sucessória, quem tomará conta do país será Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, que não tem partido e para governar teria que negociar com as bancadas do congresso. 

E aí tudo recomeçaria.

quarta-feira, dezembro 19, 2012

O resultado dos fóruns nacionais setoriais

Gente do todo o Brasil esteve em Brasília de 13 a 15 deste mês participando dos Fóruns Nacionais Setoriais, organizados pelo Ministério da Cultura para que representantes da sociedade civil elegessem os novos integrantes dos colegiados setoriais de diversas áreas.

Os colegiados integram a estrutura do CNPC (Conselho Nacional de Política Cultural). Este blogueiro participou entre 2010 e 2012 do Colegiado Setorial do Livro, Leitura e Literatura como representante da região Norte. Neste novo processo eleitoral fui reencaminhado ao colegiado como conselheiro representante do segmento criativo até 2014. 


Para entender o que é o colegiado, clique aqui e depois, se for de seu interesse, me mande sugestões de temas que queira ver apresentados nas reuniões que acontecem duas vezes por ano em BSB.

Confira a lista dos representantes do Colegiado do Livro, Leitura e Literatura/Conselho Nacional de Política Cultural:

Conselheiros pelo segmento Criativo:


N  Edgar Borges  - Titular
NE Eduardo Vasconcellos - Titular
NE Kelsen Bravos  - Titular
CO Lurdiana Costa Araújo - Titular
CO Shirlene Álvares Da Silva - 1o Suplente
NE Paula Izabela De Alcantara Alves - 2o Suplente

Conselheiros pelo segmento Mediação:
NE Antonio Michel Felix Silva  - Titular
S  Taiza Mara Rauen Moraes   - Titular
SE Isis Valéria Gomes   - Titular 
NE Maria Roseneide Santana Dos Santos - 1o suplente
CO Fernando Ouriques De Vasconcelos Junior- 2o Suplente
SE Daniela Piergili Weiers De Oliveira - 3o Suplente
  
Conselheiros pelo segmento Produtivo:
S João Manoel Maldaner Carneiro - Titular
SE Sônia Da Cruz Machado De Moraes Jardim - Titular
NE Jose Alventino Lima Filho - Titular
SE Francisco Ednilson Xavier Gomes-  1o Suplente
SE João Tavares De Lira  2o suplente

Conselheiros Regionais
CO Aníbal Araújo Perea - Regional
CO Izaura Maria Ribeiro Franco - Suplente
 

N  Carlos Henrique Silva Gonçalves Figueiredo - Regional
N  Cláudio Cardoso De Andrade Costa  - Suplente
 

NE Maria do Socorro Sampaio Flores (Mileide) - Regional
NE Pedro Pereira Dos Santos  - Suplente
 

S Márcia Helena Koboldt Cavalcante - Regional
S Pedro Paulo Graczcki  - Suplente
 

SE Bernardo Jorge Israel Gurbanov - Regional
SE Jose De Alencar Mayrink  - Suplente

Representante do Colegiado do Livro, Leitura e Literatura para o Conselho Nacional de Cultura: Mileide Flores (Maria do Socorro Sampaio Flores)

Representante do Colegiado do Livro, Leitura e Literatura junto ao PNLL:
Márcia Helena Koboldt Cavalcante

Aqui você pode ver como foi a participação da ministra Marta Suplicy na abertura dos fóruns.

.........................

 
Como nem tudo é trabalho, foi possível ainda participar de um sarau organizado na fonte da Torre de TV por Jonas Banhos, meu parceiro de ações literárias. 



Além de mim, estiveram presentes outros voluntários da Biblioteca Itinerante Barca das Letras que foram incentivar a leitura em comunidades ribeirinhas, quilombolas, agroextrativistas, pescadores artesanais, agricultores familiares e indígenas do Amapá, Pará, Roraima, Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Piauí, Ceará e Bahia nos últimos quatro anos e meio.


Turma bonita de voluntários 


O sarau na fonte da torre de TV


Fotos de alguns dos participantes dos fóruns nacionais setoriais
Rogério Barata, educador pernambucano que representou a cadeia da mediação na última composição do colegiado. Gente boa demais
Delegados do segmento criativo que participaram dos fóruns




Feliz natal!

terça-feira, novembro 27, 2012

A grande garfada



A prefeitura de Boa Vista anunciou ontem (26/11) que vai mudar o cronograma de coleta de lixo doméstico. Basicamente alterou os dias da semana e cortou um dia de coleta em cada bairro. 


Não houve justificativa para isso no material informativo distribuído à imprensa.
A questão é que na mudança foi dada uma grande garfada nos contribuintes.
Explica-se: a taxa de coleta de lixo instituída na gestão Iradilson Sampaio faz uma divisão do valor pago anualmente por uma coleta de 3 vezes semanais. 


Com a mudança, só no Paraviana, área que paga mais caro que o Centenário, por exemplo, os caminhões vão deixar de passar cinco vezes até o final do ano.
 

Multiplicando 5 pelo número de contribuintes que pagaram isso no referido bairro, tem-se um número bem alto. Multiplicando 5 pelo número de contribuintes da cidade, tem-se um número bem maior. É um dinheirão e tanto que foi pago por um serviço que agora não será mais feito.
 

Como essa taxa foi criada só para bancar a empresa terceirizada que faz a coleta, não é possível à prefeitura alegar, como sempre o faz, queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios. É uma grana que já está no caixa do município e que agora será usada para outro fim. É como se fazia no tempo da CPMF: a grana da saúde ia para todos os lados, menos para saúde.
 

Eu espero sinceramente que a gestão da prefeita Teresa Surita ao menos reduza o valor dessa taxa. E que demita esses incompetentes que contribuíram para deixar Boa Vista no buraco, literal e metaforicamente.

quinta-feira, outubro 04, 2012

Uma cidade desmanchando


Está cada vez mais complicado dirigir nos horários de pico em Boa Vista. Falta engenharia de trânsito, sobram buracos e má educação. Os guardas e as campanhas educativas contínuas sumiram.

Está cada vez mais complicado admirar a natureza em Boa Vista. Falta educação ambiental, sobre gente avançando sobre os igarapés e poluição. 

As políticas culturais inexistem. Cidade criativa é um termo ouvido ao longe em programas da TV paga. Preservação do patrimônio material e imaterial é coisa de gringo que não tem o que fazer. Quando se faz, faz-se festa, pura e simples, sem deixar nada para o outro dia.
 O sistema de transporte coletivo é caótico e ineficiente. A gestão pública atingiu seu ápice de incompetência. O grau foi tão elevado que ninguém quis ligação com a administração vigente, nem a chapa cuja  candidata a vice é do partido do prefeito.

Chegou-se a tal ponto que a principal promessa é “reerguer, revitalizar, renovar, restaurar” Boa Vista. Tudo focado em tapar buracos e limpar ruas. Estão oferecendo o básico quando deveríamos estar à espera de projetos de desenvolvimento sustentáveis para todos os setores. Mas não foi assim e é pelo básico que estamos desesperados.
A cidade está desmanchando diante de nossos olhos. E isso não é uma metáfora.
Na perifa, o medo do roubo, do furto, do assalto é uma constante, sobretudo nas horas de ir e vir da escola, do trabalho.
Na perifa, o pouco que se faz no centro não reverbera. A perifa está à própria sorte e os meninos estão cada vez mais armados, mais furiosos, achando que tudo de bom não é para eles e por isso devem pegá-lo à força do facão. Eles não sabem que todos estão descontentes, menos os grupos que sempre se dão bem, alimentando e sendo alimentados pelo dreno da corrupção.
Uma hora essa bomba estoura de vez.

Os culpados? Diretamente: os governantes e seus assessores, os dirigentes, os parlamentares, especificamente os aliados de hoje e de ontem, que não cobraram eficência, pois estavam ocupados fazendo qualquer coisa menos cumprindo suas obrigações.

Indiretamente: a população do “deixa-pra-lá” e do “toma-lá, dá-cá”, os indiferentes, os aproveitadores, os que acham que é assim mesmo, os que não percebem que o buraco está crescendo e uma hora todo mundo vai cair.

Independente do resultado desta eleição, boa sorte para todos, sobretudo para os que vamos continuar dirigindo no trânsito infernal, usando o sistema público de saúde e de educação, procurando emprego ou tentando montar negócio, esperando políticas públicas para setores fundamentais ao progresso coletivo.

Tomara que a boa sorte chegue antes da cidade sumir em meio a tanto descaso.

quarta-feira, maio 23, 2012

Trocando os termos das eleições

Antigamente, quem se candidatava contra o grupo do prefeita (a) era denominado de "gente/grupo/candidato da oposição".

Hoje, os caras da situação em Boa Vista montam um bloco para concorrer à prefeitura, querem ser chamados "oposição" e a turma (imprensa e população)  engole a autodenominação apenas por ser uma candidatura (de situação, relembrando) contra uma (possivelmente) candidata apoiada pelo governo do estado, que não se bica com a prefeitura. 

Misturam as esferas dos executivos estadual e municipal  e conceitos de política numa facilidade tão grande que até parece verdade o que falam.
 
E o pior é que há quem engula a pílula.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

segunda-feira, agosto 09, 2010

Tweets sobre política


1. Acho fofo o povo da cultura roraimense que recebe sem trabalhar vir pedir meu voto, desinteressadamente, para quem lhes garante o ócio...

2. Cada vez que vejo a mansão de um político corrupto, penso na música "tá vendo aquele edifício, moço, ajudei a levantar"...

3. “E os arrogantes ficarão humildes e conviverão com os desfavorecidos”. Não, não é o Apocalipse. É a campanha das #eleições2010.

4. Hum...tem candidat@s feios@s que ficaram até degustáveis com a cirurgia plástica que o photoshop fez nel@s. #eleições2010

(Publicados aqui, neste perfil frontal que evita afrontar e busca ironizar, muitas vezes sem sucesso, mas vamos tentando.)

quarta-feira, março 10, 2010

 Resultado da viagem à pré-conferência setorial do Livro, leitura e literatura
 

Jornalista roraimense é eleito conselheiro do CNPC

(Matéria publicada na Folha de Boa Vista em 09.03.10)
   
Roraima obteve importante conquista já nos primeiros dias das conferências setoriais de cultura, realizadas em Brasília. O jornalista Edgar Borges foi eleito com 13 de 18 votos para ser o representante da Região Norte no cargo de conselheiro do CNPC (Conselho Nacional de Política Cultural). Depois de quase desistir de concorrer ao cargo, o jorrnalista acabou entrando na disputa com mais três candidatos e foi o mais votado. Agora é conselheiro no segmento Livro, Leitura e Literatura no CNPC. 

De acordo com o Edgar Borges, a sua proposta é "bem simples mas eficaz". Ele afirma que vai trabalhar com transparência, buscando manter o estabelecimento de uma rede. Disseminar informações importantes sobre o setor é uma das prioridades do novo conselheiro. "Pretendo iniciar a montagem de uma rede virtual para interligar todos os estados da região, transmitindo informações e trocando idéias que nos ajudem a sair da retaguarda em relação a outras regiões do Brasil. Afinal, informação é poder", frisa. 

A candidatura do jornalista ao cargo de conselheiro contou com o apoio dos delegados de Roraima e de outros estados do Norte que participam das conferências setoriais no segmento Livro, Leitura e Literatura. Ele destaca o apoio recebido do professor Roberto Mibieli e do escritor Afonso Rodrigues, "que vieram de Roraima junto comigo como delegados da sociedade civil e me apoiaram no processo". 

Edgar Borges participa das conferências setoriais de cultura e como representante da sociedade civil. Ele integra o Coletivo Arteliteratura Caimbé, junto com os também jornalistas Luiz Valério e Tana Halú e a gestora cultural Zanny Adairalba. O coletivo tem por finalidade fazer a difusão da arte e da literatura, incentivando os jovens a participar de projetos de produção cultural. "Nosso objetivo e disseminarmos o gosto pela cultura e a literatura de uma forma geral, assim como contribuir para a formação de novos talentos", frisou.

terça-feira, janeiro 26, 2010

Conferenciando


Participei no último sábado (23) da assembléia setorial de cultura do segmento Livro, leitura e literatura, etapa preparatória da II Conferência Nacional de Cultura.

O evento, que como integrante do Coletivo Arteliteratura Caimbé ajudei a organizar, começou às 8h, na videoteca do Palácio da Cultura, aqui mesmo em Boa Vista, capital de Roraima. Pela manhã focou-se nos cinco eixos do texto base da conferência. Eu explanei sobre o eixo quatro, “cultura e economia criativa”.

À tarde, os participantes (poetas, cronistas, historiadores, professores universitários e um livreiro), reuniram-se para discutir e escolher as três propostas que serão apresentadas na pré-conferência nacional, marcada para a segunda quinzena de fevereiro em Brasília.

 

Depois disso foram votados e escolhidos os delegados titulares do segmento: professor Roberto Mibielli e os escritores/cronistas Afonso Rodrigues e Edgar Borges (ou seja, eu).

Como suplentes ficaram Josimar Sousa, o professor Devair Fiorotti e o livreiro Antonio Benttes.

Colega no Coletivo Caimbé e servidora municipal na área de cultura, Zanny Adairalba foi indicada representante do poder público.

No segmento Artes Visuais, Tana Halú, também do Coletivo Caimbé, foi eleito delegado.

Ou seja, em fevereiro vai todo mundo do Caimbé para BSB para falar sobre cultura.