sexta-feira, dezembro 23, 2016

Meus dias de rapper (ou quase isso)


Gente, e o ano ia embora sem que eu falasse desta parada super bacana que aconteceu em julho.

O rapper Big Berg me convidou para fazer um poema introdutório para a música “Tempo ao tempo”.

Na verdade, ele pediu um texto curto que falasse de tempo. No vácuo, sem conhecer a letra, bolei essa abertura. Daí ele me chamou para gravá-la lá no estúdio Parixara.

 
Edgar Borges e Big Berg

O resultado está aí. Ouve a história:

terça-feira, dezembro 20, 2016

O nosso presépio de Natal / pesebre de Navidad / Christmas crib de 2016

Quando era moleque na Venezuela uma das melhores épocas para ver coisas bonitas era o Natal. Em minha cidade, Guasipati, havia um concurso da rua mais bonita, o que levava a pessoas a pintarem até o asfalto com imagens de todos os tipos. Quem podia, iluminava a fachada de sua casa com as luzes natalinas.

Uma vez fui a Ciudad Bolívar, capital do estado de mesmo nome, no final do ano e vi um monte de casas com belos presépios. Sempre gostei de ver quais elementos faziam parte da decoração. Na igreja católica de Guasipati, o presépio tinha mais ou menos uns 3 x 2m. Passava longos minutos admirando tudo.

Enfim, em Boa Vista nunca achei muito valorizado isso da própria comunidade embelezar as ruas e colocar presépios na frente das casas para que os transeuntes os admirassem. No máximo, umas luzes nas árvores. Mas não culpo: cidade maior, gente que pega as coisas e leva, ventanias, eventuais chuvas...Não rola, né?

Eu mesmo nunca fui de montar presépios ou montar árvores de Natal, mas depois que o Edgarzinho nasceu, mais por conta da parte lúdica do que por crença cristã, todo ano a gente monta a árvore (e espera o Papai Noel, para juntar bem a “magia” do Natal com as paradas capitalistas que a mídia nos joga a cada momento).

Por alguns anos montamos um desses pinheiros de plástico. Na verdade, os montadores sempre foram o Edgarzinho e sua mãe, Zanny. Eu basicamente fazia a parte de comprar luzes se todas estivessem queimadas ou repor algum adorno. Há uns dois anos pegamos uma árvore seca ou um galho grandão, não sei bem, pintamos (Zanny pintou, sendo sincero) e ela  passou a ser a nossa árvore natalina versão ecologia-reaproveitamento-de-material-que-poderia-ser-descartado.

Este ano, decidimos inovar e montar um presépio. Inspirado por esta imagem, que ano vai, ano vem, o povo compartilha nas redes, joguei a ideia lá na maloca: “vamos usar os bonequinhos da coleção e fazer a cena do nascimento de Jesus? Basta pegar uma caixa de papelão e pronto”.



Feito isso, a equipe paterna Borges e Adairalba entrou em ação, o que resultou no primeiro presépio que montamos nos oito anos de vida do Edgarzinho, que também participou da produção.
Tendo Batman no papel do José, Catwoman como Maria e Jesus sendo representado pela bonequinha Zanny (que a Zanny da vida real ganhou de seu pai no dia em que nasceu), eis o nosso presépio, gente:







Entre os espectadores, o único “rei mago de verdade” é o Dr. Estranho, que está aí já jogando umas bênçãos na Zanny. 

Os Transformers e os animais e dinossauros vieram direto da coleção do Edgarzinho. O Wolverine ficou meio escondido (acho que ele está mais para segurança do que para rei mago, né?). E não esqueçamos de destacar a action figure do Odin, o Pai de Todos, vendo aí o nascimento da concorrência.Ah, e a Cheetara dos Thundercats cavalgando um dino.

Ah, fizemos um vídeo também, com música e tudo mais. Confere:

quinta-feira, dezembro 15, 2016

Contar histórias, despertar imaginações

Então finalmente chegamos ao final de 2016, um dos piores anos em termos de política dos quais me lembro. A minha sorte é que rolaram muitas coisas legais e isso ajuda a afastar a tristeza criada pelos rumos que o país está tomando na mão da turma do Temer e suas PECs e reformas que não visam facilitar nada para o povo e sim para os empresários e os financistas.

Uma dessas coisas legais que aconteceram em 2016 foi o meu ciclo como contador de histórias indígenas.

Como os leitores do blog sabem, este ano teve contação em Boa Vista (RR), Porto Alegre, Novo Hamburgo e Morro Reuter (RS), além de São Paulo (SP). 

A última sessão de histórias deste ano rolou nesta quarta-feira (14/12), com uma turma do quinto ano da escola estadual Diva Lima, aqui mesmo em Boa Vista. Fui lá a convite da professora Helém Feijó, que me recebeu com as crianças na biblioteca do colégio.


Voa, voa, passarinho contando histórias





Convidando as crianças a entrarem no clima das histórias, elas de fato pularam e deixaram a imaginação fluir a cada momento, gerando muitas perguntas tanto no meio como no final da sessão. É interessante ver o tipo de questionamento que surge a cada momento destes. Alguns são engraçados e outros são bem surpreendentes.




Turminha linda da escola  Diva Lima

Enfim, cabô contação em 2016. Que venha 2017 com novos desafios, novos momentos bacanas como estes.

terça-feira, dezembro 13, 2016

Expondo miniaturas de batmóveis, Batmans e Transformers

O ano quase acabando e só agora lembrei de fazer uma postagem sobre um evento que rolou no dia primeiro de outubro aqui em Boa Vista.

Uma penca de colecionadores de miniaturas de carros, action figures (ou bonequinhos ou figuras de ação, como você preferir) se reunião na quadra do Sesi Roraima para a primeira edição do Hobby  Roraima.

Na postagem tem fotos minhas e de um dos expositores, chamado Rawlinson Oliveira. Confiram: 





Concentração de colecionador

Batman's!



Batmóveis, batmobiles

Joker, Bane, Catman, essa turma boa do Batman



 
Se me lembro bem, foram uma 60 mesas ocupadas pela turma de colecionadores. O encontro foi organizado, entre outras pessoas, pelo Tom, que tem um canal bem legal no Youtube, o Garagem do Tom

Eu ia levar apenas uns batmóveis e uns temáticos do Star Wars, além de bonecos ligados ao mundo do Batman, mas o Edgarzinho decidiu e enfiou na maleta umas peças dos Transformers que ele tem. E só agora me toquei que não fiz fotos dos bonecos do meu bebê...Ainda bem que ele não sabe que este blog existe...



Aqui tem três carrinhos que eu customizei



Até tentei argumentar que não iria levar, mas desisti. Ele não me acompanhou desde o começo da exposição, mas foi no quase no final e morreu de orgulho de ver seus bonecos ali na mesa.

Aqui é possível ver a outra exposição da qual participei efetivamente em 2014, quando ajudei a montar a primeira do gênero em Roraima

Pena que um dos outros organizadores dessa aí ficou com ciúme/inveja/sei lá o que da postagem, fez a cabeça do povo que tava junto, me tiraram dos grupos de facebook e Whatsapp que tínhamos...Foi uma treta violenta, com um monte de invenções e a galera embarcando nela e ficando com raiva de mim. Depois, bem depois, alguns vieram pedir desculpas quando sacaram que o sujeito havia inventado tudo e também os estava sacaneando. No fim, a pessoa brigou com todo mundo daquela época. Tudo por uma questão de ego...

Pulando a memória desagradável, aqui é possível ver uma outra exposição da qual participei também aqui em Boa Vista.


sexta-feira, dezembro 09, 2016

Das felicidades de novembro: ir para Sampa contar histórias indígenas de Roraima


Novembro foi um mês muito legal. Depois da ida ao Rio Grande do Sul, onde participei de uma atividade na Feira do Livro e contei histórias em Porto Alegre, Morro Reuter e Novo Hamburgo, viajei para São Paulo para uma atividade no Sesc no Sesc Pinheiros.

A viagem foi resultado de um convite do escritor Cristino Wapichana, roraimense que há alguns anos reside na região sudeste, para participar do projeto “Poética das Aldeias”, que reuniu contadores de histórias indígenas de vários estados.


A sessão aconteceu no final da tarde do sábado (26/11), com crianças, jovens e adultos como plateia. 

A atividade foi aberta por Cristino, que falou dos povos indígenas e dos objetivos do projeto. Na sequência, apresentei dois mitos e depois conversei com o público. 


Contando histórias no Sesc Pinheiros
Contando histórias no Sesc Pinheiros


 Entre os presentes estava o escritor e publicitário Carlos Saraiva, que morou em Roraima na década de 1990. A gente se conheceu quando trabalhávamos para a prefeitura de Boa Vista, ainda na época do falecido Ottomar Pinto como prefeito, lá pelos idos de 1998/1999. Depois disso, Saraiva deixou o estado e nunca mais havíamos nos visto.

Saraiva me presenteou com um exemplar de seu novo livro de poemas, "O D caído" (Ou "O I mortal", dependendo de como você pegue a obra).

Parte do público, eu e o Cristino



Edgar Borges, Cristino Wapichana e Carlos Saraiva









Carlos Saraiva e O d caído (o livro, não eu)





Obviamente, ir a São Paulo e não passear um pouquinho seria uma bobagem. A última vez que pisei por lá foi em 2012, por conta de uma atividade de mídia livre no Itaú Cultural. Ou seja, tinha que aproveitar.

Nesse embalo, fui ver as grafitagens e os lambes do Beco do Batman, rodei na feira da Liberdade, passei na feira da praça Benedito Calixto (e comprei dois batmobiles da coleção lançada pela Shell), dei umas voltas na avenida Paulista no domingo pós-evento (até o Eduardo Suplicy estava lá, cantando "eu sei que vou te amar") e também estive nas feiras do Bixiga e do MASP

Fiz um bocado de fotos. Vão algumas: 




Beco do Batman

Lambe no Beco do Batman. Me lembrou a situação atual dos brasileiros com o governo Temer acabando com nossos direitos

Flagrante do tatuado e da ruiva no lambe...

Lambe culinário....

Arte sacra dessacralizada num galpão de artes ao lado da feira Benedito Calixto
Bonecos na feira Benedito Calixto

Grand Cine Batata, ao lado do Sesc Pinheiros

Eduardo Suplicy, emocionando o povo na avenida Paulista

Não tá fácil pra ninguém, né, Spider Man?

Não sei o nome deste personagem japonês

Na feira de antiguidades do Maps.  Só fui perceber esse hot wheels do Meteoro quando abri a foto em casa...tanto que quero e deixo passar batido...
 
Feliz 2017! Via lambe nos tapumes da esquina com o Itaú Cultural

Feliz 2017! Via lambe nos tapumes da esquina com o Itaú Cultural

Lambes nos tapumes da esquina com o Itaú Cultural

Niemeyer, no olhar espetacular do artista Kobra

Belezas negras na Paulista

O grandão é um batmóvel da Shell. O pequeno é da marca Tomica


O batmóvel grandão da Shell  e os pequenos das marcas Tomica e Hot Wheels
Liberdade, São Paulo

Numa rua ao lado do Beco do Batman


Grafitte no Beco do Batman

Lambe Descolonize seus afetos

A casa do Batman no Brasil!

Já tropecei com este sticker em Porto Alegre e Florianópolis. Agora, São Paulo...pensa num povo que roda colando coisa

Fica a dica pros nudes ao vivo


Se eu fosse chegado nesse bonequinhos antigos do He-man tinha feito a feira

Sobre muitas coisas na TV, lambe ao lado da estação Clínicas

Me amarrei nesse "Eu amo pornô" hahahaha