quarta-feira, junho 15, 2005

Coisas de Roraima

Sem imaginação para criar ficção, a realidade me diverte.

Ottomar Pinto, governador do Estado pela terceira vez, brigadeiro, pai zeloso de uma deputada estadual que é líder do governo na Assembléia, vai à rádio reclamar que um outro deputado está desrespeitando a sua rebenta na tribuna do Legislativo.

Nos microfones, Ottomar pede respeito e usa de velhas histórias para mostrar o que acontece com quem que não respeita os outros.

"...Esse parlamentar, cujo nome mencionei, estou indignado, porque ele ofendeu moralmente uma filha minha, faltou a ele o mínimo decoro, tem que se respeitar a filha dos outros. Eu não sei se o companheiro dela não vai revidar. Deputado só tem imunidade na tribuna, na rua vale tudo, de maneira que é preciso ele tomar cuidado. Eu tinha um tio que foi deputado logo depois da Revolução de 30, Souza Filho, deputado pelo sertão. Esse meu tio costumava usar peixeira na cintura e era um cara do verbo terrível. Ele ofendeu num discurso lá em Tiradentes, um gaúcho, Simões Lopes. Quando o filho do Simões entrou no plenário, foi atrás dele. Começou uma discussão e meu tio puxou um punhal. O filho do Simões puxou um trabuco e atirou nele. Agora Sousa Filho está lá no túmulo, no cemitério de Petrolina. Então, é preciso entender que não se pode descer ao nível das ofensas pessoais..."

O velho brigadeiro, entretanto, nega na imprensa escrita que suas afirmações sejam ameaças.
Seriam apenas exemplos de fatos acontecidos muito tempo atrás. Uma reação de pai, esclarece.

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