quinta-feira, dezembro 23, 2004

Confusao entre Lima e La Paz

De Puno, a 3.827 msnm, margem do lago Titicaca

Depois de um dia inteiro em Machupicchu, conhecendo a cidade perdida e se metendo a conquistador de Waynapicchu, templo que fica no morro que sempre se ve nas clássicas fotos de MP (duas horas para subir e descer em ritmo de branco, 15 minutos em ritmo inka. E eu fiz em 1h45 em ritmo de índio que já subiu o Monte Roraima mas nao teve tanta acelarada de batimentos cardíacos), pegar o trem de volta para Cusco e perceber, depois de falar com alguns brazucas e peruanos, que as agencias deram o golpe em mais de 100 (bota mais) turistas enviando-nos para Ollantoytambo para pegar o trem (lucro médio de 50 dólares em cada um), peguei o bus para Puno.
Chegando aqui, cansado e com sono, troquei Lima por La Paz e comprei uma passagem de volta para Arequipa sem entender como a rota mais curta e barata poderia ser essa. Mas tudo bem...
Gracas ao guia turístico das ragazzas Paola e Fede, no qual checamos duas vezes a rota, decidi voltar para trocar a passagem por outra para Copacabana. Na rodoviária percebi como estava prestes a voltar ao ponto inicial da partida. Discute aqui, discute lá, deixa uns soles na mao do vendedor, compra outra passagem para La Paz e fica na boa. La Paz por Lima...acho que foi a letra L...

Nei, vc quer saber do Lago Titicaca? É água sem fim, com um horizonte cortado pelo totora, palha com a qual os Uros fazem as suas casas. A água é fria (9 graus em média)e é fascinante andar sobre as ilhas flutuantes.

MP? É de se parar e pensar o que levou os inkas a conquistarem uma montanha daquele tamanho, cujo acesso em microonibus demora 25 minutos por uma estrada de 8km ou uma hora pela trilha que nasce no povoado no pé da montanha, Águas Calientes.

Tocar nas pedras talhadas e lisas, perceber que eles moldaram uma montanha ao seu gosto e fizeram construcoes que sobrevivem até hoje, resistindo inclusive aos terremotos em Cusco, é a mágia do lugar. Entrar nos quartos,olhar o vale em frente e sentir o vento frio dos Andes no rosto, isso é fantástico.

Lá, encontrei dois catarinenses de Bombinhas (acho que o Orib já esteve lá mergulhando) que estao há um bom tempo excursionando pela América do Sul e já haviam estada em Boa Vista. Fotos e textos em wwww.expedicaotoriba.com.br, com o Raul e a Valquíria.

Agora, rumo a La Paz, na Bolívia.

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