sexta-feira, agosto 20, 2004

13 de fevereiro de um ano qualquer da minha juventude.
Depois de seis dias afastado de computadores, celulares e tudo o que é movido a energia elétrica, retorno do Monte Roraima, a casa de Macunaíma, deus-pai dos índios Pemón e Macuxi, marco da tríplice fronteira entre o Brasil, a Venezuela e a Guiana.
Em Pacaraima, enquanto espero um sanduíche de queijo e um guaraná, meus olhos são atraídos por uma janela multicolorida que brilha e tem pessoas dentro dela. Após cinco segundos, processo a informação: a janela é uma televisão. E eu, que reconheço canais pela marca nos cantos da tela, demoro a reconhecer a logo da Band.
A experiência, muito mais que alguns semestres cursando Antropologia e Sociologia, me ajuda a entender a expressão de medo e fascinação de meus primos índios quando chegam às cidades dos brancos.


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